6 de nov. de 2007

Gíria

Observe a letra desta canção:
"A gente quer calor no coração;
a gente quer suar, mas de prazer:
a gente quer é ter muita saúde;
a gente quer viver a liberdade;
a gente quer viver felicidade.
É, a gente não tem cara de panaca,
a gente não tem jeito de babaca..."
Música "É" (Luiz Gonzaga Jr.)

Nessa letra de Gonzaguinha, vimos o uso das gírias "panaca" e "babaca". Essa última, por sinal, tem a sua variante culta, "basbaque", o cidadão bobo. Do termo "basbaque" surgiu a variante "babaca", uma gíria. "Panaca" é a mesma coisa, uma gíria com significado semelhante a "babaca".

Vamos a um trecho da canção "Vida Louca Vida", gravada por Lobão:
"...Se ninguém olha quando você passa,
você logo acha: _"tô carente,
sou manchete popular."
Já me cansei de toda essa tolice,
babaquice,
essa eterna falta do que falar."

Que posição nós devemos ter em relação à gíria? Preconceito? Não.
A gíria é um recurso lingüístico saudável e pode ser interessante e criativa. A gíria vai e vem: ela nasce, vive, desaparece e depois surge novamente. Por outro lado, é importante ficar claro que a gíria é adequada ao padrão informal da linguagem. No texto formal não faz sentido usá-la. Por isso, procure não usar gírias na linguagem escrita, no padrão formal.

Fonte: http://www.scribd.com/doc/29981/Pasquale-Cipro-Neto-Nossa-Lingua-Portuguesa

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